11/23/2009

Amizade



Os problemas que vão surgindo ao longo da vida fazem-nos duvidar até do porquê da nossa existência.
Alguns resolvem-se, outros aprendemos a viver com eles e depois vêm aqueles que teimam em ficar, que não se acomodam com os parâmetros definidos.
O que fazer com eles?
O desespero toma conta de nós, não conseguimos controlar a angústia, o medo e as crises de choro. Não sabendo o que fazer com essa enorme confusão de sentimentos, o coração grita por socorro, mas ninguém ouve, pensámos nós.
Há quem se afaste unicamente por não saber o que fazer com o sofrimento e sentimentos alheios, e temos os outros que simplesmente se distanciam porque querem ser felizes, e todos sabemos que o nosso estado de espírito acaba sempre por influenciar quem nos rodeia.
Não julgo, não critico e até compreendo quando essas reacções vêm de meros conhecidos, mas quando existe amizade qualquer que seja a situação devemos estar presentes.
Na maioria dos casos falar ajuda. Existem outros momentos em que é necessário um ombro amigo onde possamos pousar a cabeça para chorar, sentir uma mão que aperta a nossa, um abraço dado com sentimento, um mail recebido de quem não se espera para finalmente olharmos em volta e fazer com que esse sofrimento que não se apaziguava se torne em mais uma dor com a qual aprendemos a viver.
Desejamos tanto que uma mão amiga se estenda na nossa direcção, que nos esquecemos de estender a nossa. A verdade é que em momentos tão sofredores nos tornamos egoístas.
Por isso devemos agradecer aos amigos presentes e pedir desculpas a todos aqueles que também precisam de um abraço e para os quais estamos ausentes.

O reconhecer que nem sempre somos ou agimos como queríamos é apreciável, especialmente quando dito por um amigo.

Dorinda

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