10/25/2009

25 De Outubro - Dia Internacional Contra A Exploração Da Mulher


Artigo 1º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.

Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito
de fraternidade.

Assim começa a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Hoje é comum ouvirmos em conversas informais: “Os tempos mudaram; homens e mulheres nos dias de hoje já têm os mesmos direitos”; “As mulheres fazem o que querem”, ou frases parecidas que tornam definitivas e terminadas as conquistas das mulheres, estabelecendo como patamar de igualdade de género o quadro actual da condição das mulheres na nossa sociedade.
No entanto, esse paraíso terrestre das relações de género ainda está longínquo. As condições em que vivem as mulheres em Portugal são, ainda hoje, preocupantes e precisam de ser tratadas com atenção.
As desigualdades salariais continuam a existir, os trabalhos domésticos, raros são os homens que os praticam. É verdade que a mulher tem acesso ao ensino superior mas continua a ser difícil a sua integração no mercado do trabalho.
A razão para que isso aconteça é muita das vezes disfarçada, mas sabemos perfeitamente que a única razão válida é porque continuamos a ser consideradas simplesmente como esposas, mães, e donas de casa, ou mais discriminatório ainda, porque somos mulheres.
Os dias internacionais permitem relembrar que ainda hoje existem Direitos que não são reconhecidos nem respeitados.
Os anos e as décadas servem para alertar para problemas ou deficits graves que necessitam de um envolvimento de toda a comunidade internacional para a sua resolução.
Quando verifiquei na Imprensa a importância dada ao dia de hoje (que foi quase nula) interrogo-me.
Será que a desigualdade se tornou banal e aceitável na nossa sociedade?
Eu não quero nem posso deixar passar este dia sem o assinalar. Seria um insulto direccionado para as mulheres da minha família que com os poucos meios que tinham, lutaram para terem direitos que hoje nós consideramos nossos.

Dorinda

                   Numeros da Vergonha
Dados da APAV
Dados da OIT
87,1% das pessoas que recorrem à associação são de sexo feminino.
A taxa de desemprego entre as mulheres passou de 6% em 2007 para 6,8% em 2008.
Estudo Eurosound
Dados da UMAR
As empresas portuguesas lucram 6 000 000 de euros com a descriminação ao sexo feminino. Portugal é o país da Europa onde existe maior diferença nos vencimentos.
Em 2008 43 mulheres morreram vítimas de violência às mãos de maridos, companheiros, namorados, ex maridos, ex companheiros e ex namorados
Estudo da AMI
Dados das NU
As mulheres sem-abrigo de Lisboa são mais jovens que os homens, estão desempregadas ou então trabalham sem descontos para a Segurança Social
70% das mulheres em todo o mundo são pobres



1 comentário:

José Rios disse...

Nada como um dia especial, para que se volte à "normalidade"...