2/23/2010

Silence et nuit des bois

Il est plus d'un silence, il est plus d'une nuit,
Car chaque solitude a son propre mystère :
Les bois ont donc aussi leur façon de se taire
Et d'être obscurs aux yeux que le rêve y conduit.

On sent dans leur silence errer l'âme du bruit,
Et dans leur nuit filtrer des sables de lumière.
Leur mystère est vivant : chaque homme à sa manière
Selon ses souvenirs l'éprouve et le traduit.

La nuit des bois fait naître une aube de pensées ;
Et, favorable au vol des strophes cadencées,
Leur silence est ailé comme un oiseau qui dort.

Et le coeur dans les bois se donne sans effort :
Leur nuit rend plus profonds les regards qu'on y lance,
Et les aveux d'amour se font de leur silence.



René-François Sully Prudhomme

2/10/2010

Parabéns

Parabéns a…mim.
Hoje é meu aniversário.
Estive tão ocupada com a minha sede de aprender, de amar e de partilhar, que só agora percebi que o tempo passou. É bom festejar 47 anos e parecer ter…46.
Não faço balanço, porque ainda tenho muito para concretizar.

Sonhos que ainda não sonhei.
Sonhos para materializar.
Desafios para enfrentar.
Metas para alcançar.
Saudades para matar.

Enquanto assim for, vou sentir-me feliz…e os anos podem passar.
Dorinda

2/06/2010

Anjo!!!


Abre-lhe o meu coração
Mostra-lhe o seu palpitar
Fá-lo entender a razão
Através do meu olhar

Diz-lhe os meus desejos
Segredo que não ouso contar
Explica-lhe os meus silêncios
A minha vontade de o abraçar

Diz-lhe que foi ele quem sonhou
Que não tenha medo, não fuja de mim
Que tudo foi um sonho
Do seu desejo por mim

Não me arranques do meu sono
Faz-me acreditar
Que o meu sonho é o dele
Esperando a noite para voltar 

Dorinda

2/05/2010

Não sei quantas almas tenho



Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.

De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo, 
Torno-me eles e não eu. 
Cada meu sonho ou desejo 
É do que nasce e não meu.

Sou minha própria paisagem, 
Assisto à minha passagem, 
Diverso, móbil e só, 
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.

Noto à margem do que li 
O que julguei que senti. 
Releio e digo:  “Fui eu”?
Deus sabe, porque o escreve
  Fernando Pessoa